iv Ideias, Limão e Sal: Lollapalooza - Primeiro Dia

domingo, 15 de abril de 2012

Lollapalooza - Primeiro Dia




Dois dias e muita coisa pra ver...
Meu primeiro festival podia ter sido melhor, mas com certeza as coisas que vivi por lá ficarão na memória. Clichê, but true. Muitas surpresas e uma mega decepção.. Não com a banda ou com a produção do evento, mas com as pessoas. Alias, o que estraga o mundo são as pessoas.



Vamos do começo... Sábado de manhã acordamos cedo, tomamos um belo café da manhã (suco, esfirra e pizza da noite anterior) e pegamos o metro até o Jockey. Ao chegarmos já estava rolando o show do Ritmo Machine, que não faz muito meu estilo, mas deu pra começar o festival com agito. Ficamos por lá, tomamos uma cerveja (bem carinha por sinal, mas nada fora dos padrões de grandes shows/festival), passamos na tenda da Calvin Klain pra descansar da caminhada e fomos ver Marcelo Nova que foi ótimo... Fazer rock'n roll de dia, naquele sol e agitar a galera não é nada fácil e ele cantando "Cocaína na minha cabeça" foi sensacional. Sem falar que os grandes destaques do festival eram internacionais, ter tanta gente curtindo e cantando com ele o bom e velho rock nacional, foi foda. Falo mesmo.
Não vimos o final de Marcelo Nova, mas por uma boa causa: Cage the Elephant. O melhor show de sábado na minha opinião. Os meninos tocavam e dançavam como loucos no palco e agitaram todo mundo, até mesmo quem só conhecia uma música da banda. O show foi mais curto, o baterista estava com problemas de saúde e preferiram terminar o show antes, o que foi uma pena, já que eles tinham um ótimo Step. Dave Grohl (que já fez shows com eles por causa de problemas do baterista) estava de plantão caso precisassem dele na batera. Eu só fico imaginando aqui, se o show deles já foi ótimo, imagino o Jockey indo a loucura com o Dave subindo ao palco. Depois postarei o vídeo do show completo, só pra vocês verem o vocalista tentando dar um Moshe na galera e sendo agarrado/abusado pelo público. Somos Fucking Crazy segundo ele. Apreciem Cage em uma das minhas músicas favoritas, o vocalista é sósia do Kurt Cobain! O Matt é muito parecido, ao vivo ainda mais.



Infelizmente não vimos o fim do show, porque nós tínhamos uma missão: chegar o mais perto que fosse possível do show do Foo Fighters. Saímos do Cage o fomos até o palco principal, onde estava começando o show do Rappa. Não sou fã e nunca curti muito a banda, mas o show foi bom. Tem gente que dirá que foi sensacional, mas eu não achei nada de mais. Depois TV on the Radio e eu quase morrendo de tédio. Não gosto dessa banda, o que o cara canta não combina com o que a banda toca e podem falar o que quiserem seus pseudos críticos de música, eu não gosto e ponto final.
Depois de mais de 6 horas de pé, depois de mais de 4 horas parada no mesmo lugar havia chegado a hora. Iria ver o Dave e os Foo's ao vivo e perto. Iria, se houvesse um pouco de respeito pelo próximo. Minhas costas doíam horrores e meus pés também, apagaram-se as luzes e tudo sumiu. Fiquei ansiosa. Fiquei emocionada. Fiquei esmagada, pisoteada, empurrada, puxada e chutada. E não consegui ver nada. E agora a única crítica que eu tenho sobre o evento: O palco era muito baixo, mesmo perto (menos de 100 mts do palco e menos de 5 metros da passarela) eu não via nada. Nada. Nem no telão, que também era muito baixo. Fui mais empurrada, puxada e esmagada. Desisti. Senti uma crise de falta de ar e visão escurecida. Crise de claustrofobia. Tentei sair e fui ajudada por pessoas que viram que eu precisava de ar e fui bloqueada por pessoas que não ligam para os outros. Gritei, empurrei, ameacei e xinguei muita gente. Até conseguir chegar a enfermaria e me deparar com a coisa mais tosca que eu já presenciei: Pessoas com preguiça de ir até o bar ou ao banheiro estavam lá na porta, barrando a entrada de quem precisava de atendimento.
Fiquei chocada com a falta de senso de algumas pessoas. Fiquei mais chocada ainda com gente que se achava no direito de gritar com os atendentes que não os deixaram beber um pouco de água destinada a quem estava passando mal. Ok, a vida segue e o show também. Andei. Andei e todo lugar estava lotado. Sentei no chão, na grama, no meio das pessoas, depois da metade do Jockey (lá ainda estava lotado). Não via nada, nem o telão. Tentei me conformar e pedi pro marido para irmos embora. Pedido prontamente atendido e, pensando bem, não foi tão ruim. Fiquei sabendo, no dia seguinte, que o metro ficou completamente lotado e mais uma vez a imbecilidade humana prevaleceu. Empurra-empurra pra entrar na estação, pra descer escadas e pra entrar nos vagões. Adoro gente civilizada que sabe que não cabem mais ninguém lá dentro, mas empurram e esmagam... Afinal, vai que as leis da física estão erradas e dois corpos resolvem ocupar o mesmo lugar ao mesmo tempo.
 Já em casa e fomos direto dormir. Não tinha animo para o dia seguinte, mas havia mais bandas que eu queria muito ver e não me arrependi. Domingo foi muito melhor do que sábado. E amanhã termino de contar como foi.

2 comentários:

OpixR disse...

É realmente foi complicado, mas foi muito bom ainda mais pela sua companhia!! o/ e sim gosto de algumas músicas de TV ON THE RADIO auhuhauauhauh bjoo

Diego Segura disse...

Pessoas ferram com a humanidade... hahaha Foda viu, compartilho do seu sentimento no meu dia a dia aqui em SP.